O vereador Romer Guex (PSOL) vê pontos positivos no Programa Bolsa Família, como a distribuição de renda, porém salienta que é preciso ter uma avaliação critica para que se aperfeiçoe o programa. De acordo com o vereador, o programa tem como objetivo principal angariar votos e não apenas promover mudanças sociais. Em Viamão existem 18 mil famílias que recebem o Bolsa Família, mas existem milhares que estão à margem da sociedade, sem acesso a uma escola pública de qualidade, a um hospital com atendimento eficaz. A cidade, a exemplo de tantas outras no Brasil, não recebe investimentos do governo federal que criem novos postos de trabalho, obrigando o cidadão viamonense a se deslocar diariamente para outras cidades em busca de emprego. Deslocamento que custa caro e todo ano aumenta. De acordo com o vereador, o governo dá o Bolsa Família porque sai muito mais barato que construir novas escolas, melhorar os hospitais, baixar as tarifas dos transportes. ‘’ O Brasil continua sendo o país das ilusões, onde tudo é samba, todos somos iguais e não existem desigualdades. Enquanto não acabar com o financiamento privado das campanhas, com a relação do capital privado com os governos, o povo continuará recebendo os trocados do Bolsa Família e os ricos a riqueza desta nação. Além da enorme diferença entre o que uma família rica e uma família pobre recebe do estado brasileiro, a diferença está nos hospitais, escolas e habitações. A estrutura do Estado continua sendo a mesma e o governo do PT nunca pretendeu e não pretende transformá-la, afinal eles precisam dos ricos para financiar a próxima campanha e dos pobres para votarem ‘’, afirmou Romer Guex. As afirmações do vereador também são adotadas pelo companheiro de partido Plínio de Arruda Sampaio, candidato nas eleições presidências de 2010. Para Plínio, a população de baixa renda atendida por estes programas se sente humilhada ao ter de reconhecer que precisa do repasse de dinheiro para sobreviver. "O Bolsa Família só tem sentido como um programa emergencial. Como está hoje, é um absurdo", considera Plínio.
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