segunda-feira, 8 de junho de 2020

A DEGRADAÇÃO ÉTICA E MORAL DA POLÍTICA VIAMONENSE.


A corrupção na esfera municipal é um problema em várias cidades do mundo. Aliás, para mim, é o município a escola da corrupção, transformando a política brasileira numa confraria de ladrões e canalhas. Mas aqui está sendo maior. E talvez não possamos negar, também, que a classe política é um reflexo da sociedade a que pertence. A antiga e contestada prática política do "rouba, mas faz" evoluiu para o "rouba, não faz e fica por isso mesmo”. Para eleger-se basta uma ampla coligação de partidos(tem + - 10 na Prefeitura hoje) aonde para o povo nada e, em vez de nos servir, servem-se de nós. É lamentável constatar que parcela do povo gosta de político desonesto e, alguns, os têm como Mitos.

Os melhores governos da história da cidade, Tapir Rocha e os primeiros de Pedro Antônio e Ridi, foram feitos por partido único.
De Ridi(2º) até André Pacheco, todos nos deram prejuízos, fazendo com que Viamão tenha cadeira cativa nos noticiários gaúcho e nacional, envergonhando os viamonenses. Condenados por prejuízo ao erário, improbos, inelegíveis, com direitos políticos cassados ou afastado, sucederam não só partidariamente ou eleitoralmente, mas também, os esquemas corruptivos.

Não há inocentes neste processo de degradação de nossa cidade. Governos se sucederam, de petistas a tucanos, sempre ancorados em amplas alianças e muito troca-troca de legendas: quem era governo no PT, passou para governo na gestão tucana e depois se repaginou para fingir ser "o novo". O mau-caratismo destes grupos chega ao ápice de tentar vender "esperança" ou "uma nova Viamão" quando todos foram responsáveis pelo nosso momento: estamos entre os três piores municípios em investimento em educação, saúde e segurança.
Ao invés de trabalhar exclusivamente para o melhoramento da cidade, tão somente favorecem aqueles que colaboraram com suas campanhas ou para privilegiar alguns empresários “amigos” em detrimento de outros. Bonatto e sua turma, chancelados pela OAB, ACIVI e MAÇONARIA, de onde André Pacheco é a síntese dessas entidades, misturaram o público ao privado e fizeram do município um balcão para seus negócios. Assim, boa parte do orçamento do município foi orientada em proveito do restrito grupo que assumiu o poder.

Neste mesmo período a Câmara não escapou. A farra das diárias e a farra dos estagiários, denunciadas por mim, cassaram os direitos políticos dos Vereadores Rospide, Valmir Moura e Leco Gutierres e, recentemente, novas denúncias afastou o vereador Sérgio Angelo.

O que faz uma sociedade, em pleno século XXI, cheia de informações à disposição, eleger gente assim? A corrupção política tem sido consequência das escolhas do povo, porque falta de aviso não foi(Chega dos Mesmos). Não é o Poder que corrompe, mas no atual sistema, os honestos não chegam a ele.

A corrupção corrói a dignidade do cidadão, contamina os indivíduos, deteriora o convívio social, arruína os serviços públicos e compromete a vida das gerações atuais e futuras.

Nosso povo não pode cair novamente no conto "da mudança", "novo tempo", da "esperança". Slogans bonitos que trazem consigo políticos carreiristas, oportunistas e ambiciosos por tão somente chegar ao poder e governar para os seus.

Negar a política porque ela está dominada por bandidos é realmente a pior de nossas alternativas. Participar dela e votar melhor, pois voto tem consequência, é a única saída. Lutar sempre, desistir Jamais.

quarta-feira, 15 de janeiro de 2020

NEM UM, NEM OUTRO. Uma nova esquerda há de surgir


Vivemos tempos polarizados, dicotômicos e bestializados. O confronto de concepções filosóficas e ideológicas, o cristianismo ignorante e o fascismo embalam nossa sociedade por um discurso raivoso, separatista, determinado a dividir e agredir para conquistar. Insuflando o ódio para derrotar a democracia. A história, implacavelmente, nos mostra como isso termina.
Ambos lados nos impõem a ditadura do Pensamento Único, uma escola imposta pelo PT em toda sua trajetória e hoje seguida e utilizada pelos fascistas e bolsominions. Se não estás comigo, estás com eles. Fazendo com que pareça não existir pensamento ou alternativa diversa.
Uma nação em Crise, cuja alternativa para uma boa parcela da população é Lula ou Bolsonaro, é uma nação em declínio e sem saída. Duas seitas, cada uma com seu profeta. Duas partes do mesmo problema, não a solução. Não podemos nos tornar vítimas deles.
Nas últimas eleições, somando os votos nulos e brancos com as abstenções houve um contingente de 42,1 milhões de eleitores (cerca de 30% - recorde desde 1989) que não escolheram “lado” em 2018. Claro fica, pelos resultados eleitorais, que estes são aqueles que não se deixam dominar pelas retóricas que polarizam nosso universo e que, diante da insatisfação as rejeitam: se negam a escolha do menos pior; veem seus anseios não representados ou que ambos não possuem condições ou desejo de executá-los.
A falência da esquerda, hegemonizada pelo PT, é tão devastadora, que na perene e agressiva luta de classes, parte dos pobres e dos trabalhadores brasileiros veem seus anseios representados e tendo como seu porta-voz o seu pior inimigo. O determinante é que, no breve intervalo de poder petista, estruturalmente o Brasil não se alterou. Hoje lutamos contra as reformas sem qualquer poder de enfrentamento, isto porque não fizemos as que tinham de ser feitas, como a política, tributária e do judiciário. De 1964 para cá, em nenhum momento a hegemonia burguesa foi ameaçada. Aliás, em decorrência dessa incompetência, tivemos a volta, PELO VOTO, dos militares ao Poder.
O desafio é romper o dualismo nefasto no qual fomos lançados: entre a nova direita e a velha esquerda. A saída é a necessidade de se colocar em primeiro plano o posicionamento de classe e não o posicionamento de poder. Firmarmos o socialismo como única forma de atender os anseios do povo pobre e trabalhador, reconhecendo que fracassamos ao invés de atribuir a culpa a uma teoria conspiratória ou apontar o eleitor como o problema.
A unidade com o povo é a unidade necessária, e só se dará se pudermos representar seus anseios, nos afastando dos que lhes traíram a confiança e tendo o entendimento de que, substancialmente, PT, PDT, PSB, PCdoB, MDB, PSDB… não se diferem mais.
Como diz Fábio Nassif: “Pode ser que ainda não seja a hora de uma nova esquerda socialista de massas, mas nunca será se ficarmos aprisionados nas velhas âncoras que podem nos levar juntos ao fundo mar”.